Memória Interação: Edgard Martins Maneira

  Edgard Maneira nasceu em Araxá no dia 12 de novembro de 1932, filho de José Martins Maneira e Clotilde Gontijo Maneira. O caçula de 11 irmãos: Nair, Hildebrando, Maria da Cruz (Cruzinha), Adalberto (Dico), Ayres, Gontijo, Ayres (Arico, o segundo, nascido após a morte do primeiro), Wagner, Álvaro e Olavo. Órfão de pai ainda […] O post Memória Interação: Edgard Martins Maneira apareceu primeiro em Jornal Interação.

Out 25, 2024 - 16:21
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Memória Interação: Edgard Martins Maneira

  Edgard Maneira nasceu em Araxá no dia 12 de novembro de 1932, filho de José Martins Maneira e Clotilde Gontijo Maneira. O caçula de 11 irmãos: Nair, Hildebrando, Maria da Cruz (Cruzinha), Adalberto (Dico), Ayres, Gontijo, Ayres (Arico, o segundo, nascido após a morte do primeiro), Wagner, Álvaro e Olavo.

Órfão de pai ainda muito cedo, logo começou a trabalhar em razão dos recursos financeiros deficitários na família. Vendia suspiros produzidos por sua mãe nas portas dos cinemas Triana e Brasil.

Estudou o primário no Grupo Escolar Delfim Moreira. Conviveu com seus colegas de turma: Osório de Almeida Guimarães, Nicolau Sulzbeck, Pedro Lemos, Raílio Abdalla, Chafik Galdino, Salomão Akel e outros. Era como um ‘vendedor de coisas’ que o grupo e os vizinhos brincavam na época da Conceição (hoje, praça Governador Valadares).

Em 1943 entrou no Colégio Dom Bosco (no curso de Admissão), onde permaneceu até concluir o antigo ginasial. A Banda Infantil Dom Bosco, regida pelo Pe. Clóvis, tinha Edgard como integrante. Tocava clarinete. Nesse período ele estudava, participava da Banda e ainda trabalhava na Casa Voga (de propriedade do seu cunhado, Gil Rodrigues) como vendedor e entregador de mercadorias.

Terminou o ginasial em 1950 e, em 1951, mudou-se para Ribeirão Preto (SP) com o objetivo de fazer o curso científico e ingressar na faculdade. Queria realizar o sonho de “ir para onde meu irmão Ayres. Um dia com o suco e os doces dos irmãos estavam juntos na convivência. Trabalhava numa farmácia com função de motor de médium”. Em 1953 prestou exame de Técnico em Contabilidade na Escola Técnica de Comércio Amaro Cavalcanti na cidade de Ribeirão Preto.

Em 1954 ele retorna a Araxá para lecionar na Escola Técnica de Comércio Salesiana, fundada pelo seu ex-professor Pe. Clóvis Ramos Costa Villa-Nova. No início de 1955, com a transferência do Pe. Clóvis para outro colégio da congregação, Edgard, aos 22 anos, adquiriu e assumiu a direção da Escola, que passou a se chamar Escola Técnica de Comércio de Araxá.

Em 1º de setembro de 1955 casou-se com Lygia Cardoso. Tiveram 07 filhos: Iara, Edgard Júnior, Ângelo, Elcio, Eduardo, Silvia e Adriana.

De 1954 a 1957 viajava mensalmente para Ribeirão Preto, onde cursou a Faculdade de Ciências Econômicas Oscar de Moura Lacerda.

Em junho de 1961 ele foi nomeado diretor executivo da Hidrominas, onde exercia a presidência da Associação Comercial e Agroindustrial de Araxá (ACIA), sendo responsável pela implantação da unidade do SESC em Araxá. Durante sua gestão à frente da Hidrominas, foi construída a engarrafadora de Águas Minerais e também a Estação Rodoviária do Barreiro. Foram feitos o saneamento básico e a iluminação da bacia do Barreiro. Neste período foi criado o Fundo de Assistência dos Funcionários da Hidrominas que prestava assistência médico-hospitalar aos empregados.

No governo de Magalhães Pinto, a credibilidade de Edgard representou significativo papel na aprovação de obras como as rodovias Araxá-Franca e Araxá-Barreiro, o Colégio Estadual Dom José Gaspar, o Aeroporto Romeu Zema e a ampliação e remodelação do Hotel da Previdência, dentre outras.

De 1966 a 1972 ocupou o cargo de Diretor Administrativo da COENSA, empresa que construiu o primeiro conjunto habitacional de Araxá composto de 116 unidades, comprovando sua visão futurista.

Com espírito altruísta, foi membro da provedoria da Santa Casa de Misericórdia por 12 anos e, nesse período, o hospital recebeu inúmeras benfeitorias como a construção de um centro cirúrgico, modernamente equipado, onde se realizavam quatro cirurgias simultâneas; um bloco de apartamentos; um berçário. Foi implantado o serviço radiológico e instalada a Unidade de Terapia Intensiva.

Homem de caráter reto, religioso, colecionador de amigos, pai dedicado, empreendedor, exímio educador e político nato.

Edgard viveu sua história perseverando em suas qualidades, sabendo com discrição dedicar suas experiências e sabedoria a todos que o cercavam. Faleceu em 26 de julho de 2005.

Pesquisa e Texto: Silvana Ap. Alves Borges Batista e Maria Trindade Coutinho R. Goulart.

Fonte: LIMA, Glaura Teixeira Nogueira. “Edgard à sua maneira”. Araxá: Gráfica Santa Adélia. 2002. Depoimento: Lygia Cardoso Maneira.

(Fonte – Revista Araxá – )

 

 

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Redação - JI Redação do Jornal Interação da Cidade de Araxá - Minas Gerais.