Bolero de Ravel
Sim, eu gosto também de música clássica. Apesar de preferir músicas com letras, pois as valorizo tremendamente, as grandes composições clássicas também são muito benquistas e apreciadas por mim.
Sou do tempo dos faroestes e aprecio também as grandes composições de Ennio Morricone, temas de filmes tais como ‘Por um punhado de dólares’, ‘Três homens em conflito’, ‘Era uma vez no Oeste’, ‘Por uns dólares a mais’, ‘Os oito odiados’, ‘Meu nome é ninguém’, e muitos outros.
Penso que o casamento de um bom filme une um bom enredo, uma boa direção, bom elenco e um bonito fundo musical. Vejam que grandes filmes contam sempre com uma maravilhosa trilha sonora, como, por exemplo, ‘Titanic’, ‘Um lugar chamado Nothing Hill”, ‘Os embalos de sábado à noite’, ‘Sing’, ‘Forrest Gump’, ‘Cantando na chuva’, ‘Nos tempos da brilhantina’, ’O guarda-costas’, ‘Uma linda mulher’, ‘Uma lição de amor (I Am Sam)’ etc.
Assim, hoje não teremos neste espaço nenhuma letra de música, mas falaremos do grande compositor francês Joseph Maurice Ravel, que viveu no final do século XIX e início do século XX.
Ravel foi um compositor e pianista francês, conhecido sobretudo pela sutileza das suas melodias instrumentais e orquestrais, principalmente por Bolero, cuja composição considerava trivial e a descrevia como "uma peça para orquestra sem música".
Ravel começou a manifestar interesse pela música aos 7 anos. Desde então se dedicou ao estudo do piano, mas só começou a frequentar o Conservatório de Paris aos 14. Posteriormente, em 1895, passou a estudar sozinho e retornou ao Conservatório em 1898, quando estudou composição.
Foi influenciado significativamente por Claude Debussy, mas também por compositores anteriores, como Mozart, Liszt e Strauss, mas logo encontrou seu próprio estilo, que ficou, porém, marcado pelo Impressionismo.
Mas Ravel ficou mesmo mundialmente conhecido pela música Bolero, ainda hoje a obra musical francesa mais tocada no mundo.
Mas Ravel está longe de ser músico de um só sucesso. Sua obra é vasta e complexa. Ele foi um dos artistas mais criativos do impressionismo; pianista de mão cheia, ele sempre elevou o nível técnico dos instrumentos com sutileza.
Bolero foi composta a pedido da bailarina russa Ida Rubinstein que precisava de uma música para seu ato de dança; não titubeou em chamar Ravel. A peça estreou em 1928 e viria mudar o conceito de dança.
Mas conta a lenda que Ravel discutia com amigos que seria capaz de criar uma peça que fosse repetitiva sem ser monótona. Daí nasceu a bela e incomparável Bolero, que vendeu mais de 22 milhões de cópias em todo o mundo. A música começa com um simples solo de flauta, e a cada passagem vai aumentando o número de instrumentos de uma grande orquestra até a apoteose final.
O compositor faleceu das consequências de uma doença cerebral orgânica, agravada por um acidente de táxi ocorrido em 1932.
Durante o período que precedeu a sua morte, ele havia perdido parte da sua capacidade de compor devido às lesões cerebrais causadas pelo acidente. A sua inteligência sempre se manteve intacta, mas o seu corpo já não respondia adequadamente, por causa de graves problemas motores.
Se você também gosta de música clássica e não tem essa pérola, pode ouvi-la no Youtube no endereço https://youtu.be/E9PiL5icwic. Essa gravação, como centenas de outras incríveis interpretações de Bolero, é da orquesstra Wiener Philharmoniker, dirigida pelo regente Gustavo Dudame.
Espero que apreciem!
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