O adeus à escritora araxaense e colunista do Jornal Interação Vilma Cunha
É com pesar que informamos aos nossos leitores e amigos, o falecimento, na última quarta-feira, dia 23 de outubro, da nossa estimada colunista, a escritora araxaense Vilma Cunha Duarte.
Vilma, era escritora, poetiza, artista plástica, articulista literária, autora de varias obras literárias e membro da Academia Araxaense de Letras, Academia de Letras do Triângulo Mineiro. Uberaba e Academia Municipalista de Letras. Belo Horizonte.
Com uma sensibilidade poética impar, Vilma manteve por décadas a sua prestigiada coluna no Correio de Araxá e nos últimos anos era articulista aqui no Jornal Interação.
Aos amigos e família enlutados, os nossos sinceros sentimentos!
Confira o último artigo escrito pela saudosa Vilma Cunha, para o Jornal Interação no dia 19 de julho de 2024, numa homenagem que fez ao saudoso Eleazar Moreira Vilaça:
“Meus sentimentos!
Estar dentro de um abraço carinhoso, talvez seja a sensação mais próxima de felicidade.
Minha palavras querem, abraçar os órfãos da primeira à ultima palavra.
Um abraço apertado no carinho aconchega, e consola.
Principalmente, pela perda de alguém que dói doído no teu coração.
Te abraço cúmplice pela falta que teu ente te faz.
Já perdi muitos queridos ao longo da vida.
Sei tudo desses sofreres tantos...
Enxugo teus olhos molhados que pingam saudade misturada com tristeza.
Impossível imaginar o tamanho da tua dor. Ela é a tua. Única.
Solidária, te abraço de novo..
Te entendo quando sentes que teu peito aperta, o ar te parece pouco pra respirar, as emoções embaralham fé, discernimento, aceitação, coragem, e o mundo vira um enorme vácuo.
Tentas compreender os porquês da morte inesperada, que leva criança, moço, velho ...
Impossível!
Ninguém chega e fica aqui, para sempre.
Religiões, crenças, doutrinas, ciência, cada uma explica o fenômeno inexplicável à sua moda.
A fé ajuda e como!
De braços dados com a esperança, ameniza o que não tem volta.
Deus e o tempo. Unguentos para as feridas do coração.
Devagarinho as cascas vão secando, a saudade vai se acomodando apertadinha com o amor que não morre, e a vida vai...
Temos sim que chorar os nossos mortos.
O luto serve para extravasar a dor.
Falando, chorando, escrevendo, do jeito que te for mais efetivo.
Cultuá-la sem trégua para a recuperação, perigo certo de adoecer a alma.
Rumo perigoso para a depressão.
Tu podes, também.
Se quiseres, te empresto meus sentimentos.
E te abraço forte com meu melhor amor, quantas veze quiseres.
O Serviço de Obras Sociais (SOS) amanheceu chorando a morte do nosso amado Eleazar.
Araxá inteira lamenta a ida do nosso lutador contra as madrastas desigualdades sociais.
A notícia abalou amigos, conhecidos e a comunidade araxaense, que expressaram o pesar e a gratidão pelo trabalho desenvolvido por ele.
Atualmente, o presidente do SOS é Cícero Ricardo de Paiva, genro de Eleazar.
A instituição, que leva o slogan “Não dê o peixe. Ensine a pescar”, funciona há mais de 55 anos em Araxá, Cria de uma ideia luminosa da professora Leonilda Scarpellini Montandon.
Zorinho e eu apoiamos a causa arrojada, santa e fizemos muita coisa boa pelos desvalidos, com ele e Dona Leonilda.
Éramos jovens comprometidos com fé e ação.
Querido São Francisco de Assis
Eu te chamava assim e sorrias:
“Se não falar ao menos um palavrãozinho, vai passar do céu pra cima”
Anjo da Guarda dos pobres, monstro sagrado da generosidade, conhecedor e praticante do mais puro e verdadeiro amor ao próximo
Pai mãe, tudo de lutador pela pobreza
Divino de coração.
Decerto te receberam com comissão de honra
Fizeste tudo o que Jesus pregou e morreu por nós.
Fica com Ele e desfrute a graça de teres sido:
ELEAZAR MOREIRA VILAÇA!”
Qual é a sua reação?