Queijaria Casquinha na Rota Araxá do Queijo Minas Artesanal

Dez 20, 2024 - 14:29
Dez 20, 2024 - 14:34
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Queijaria Casquinha na Rota Araxá do Queijo Minas Artesanal

A Queijaria Casquinha, localizada no município de Cruzeiro da Fortaleza, Minas Gerais, é um exemplo de produção artesanal de queijo na região. A propriedade está situada a 100 km da cidade de Araxá e faz parte da Rota do Queijo Minas Artesanal, cuja forma de produção foi recentemente reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

A propriedade familiar leva o nome do apelido do seu proprietário, Welington Carlos Vieira – Casquinha. A queijaria é conhecida pela fabricação de queijos de alta qualidade, utilizando leite cru proveniente de um rebanho de 86 vacas holandesas em lactação, de um total de 160 animais. A estrutura conta com um barracão aclimatizado, com capacidade para abrigar até 250 animais, onde recebem um tratamento especial, com alimentação balanceada, higienização rigorosa e ambiente controlado.

A produção diária do rebanho chega a 2.000 litros de leite, utilizados integralmente na fabricação de aproximadamente 220 kg de Queijo Minas Artesanal (QMA) por dia. Para alcançar esse volume, são realizadas duas ordenhas diárias: uma ao amanhecer e outra ao entardecer. A fazenda conta com a colaboração de Casquinha, sua esposa, seus três filhos e mais um profissional responsável pelo manejo e produção, além de especialistas como veterinários e nutricionistas.

Casquinha relembra que começou no ano de 1993 com apenas três animais, mas o ano de 2012 marcou o crescimento mais significativo na produção. A qualidade dos produtos permitiu uma importante parceria com uma grande rede de supermercados da região, garantindo um mercado favorável e a venda de praticamente toda a produção. Os queijos da Queijaria Casquinha se destacam por suas características únicas: textura macia, sabor suave e um leve toque ácido.

Segundo Casquinha, o segredo da qualidade está no trato dos animais:

"A gente sempre trata os animais com muito carinho, e o produto, o queijo, também sempre com muito carinho. Procuramos seguir boas práticas de fabricação e boas práticas no trato do gado. Um leite excepcional dá um produto excepcional. A gente preza muito pelo carinho no trato das vacas e no manejo, afinal de contas, são elas que cuidam da gente", compartilhou o produtor Casquinha.

 

Durante a visita, a Emater esteve presente e, de acordo com Welington Casquinha, a instituição desempenha um papel essencial no crescimento da queijaria, oferecendo suporte e orientação. Mara Mota, coordenadora regional da Emater em Patos de Minas, destacou a importância da presença da instituição:

"A Emater está presente orientando os produtores do Queijo Minas Artesanal no processo de adequação às exigências da legislação, tanto nas boas práticas de produção quanto nas boas práticas de fabricação. Nosso trabalho é orientar o produtor, elaborar projetos, preparar o registro da produção, ajudando-o a sair da informalidade. Além disso, capacitamos os produtores para manter a tradição que vem de muitos anos" — explicou a coordenadora.

Casquinha também celebrou o reconhecimento do Queijo Minas Artesanal como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade:

"É um ganho inestimável para todos os produtores. Um produto simples, passado de pai para filho, onde todos só têm a ganhar", afirmou o produtor.

Mantendo a boa hospitalidade mineira, foi servido um delicioso café com quitandas típicas, frutas, sucos e, é claro, o saboroso Queijo Minas Artesanal da Queijaria Casquinha.

Um dos aspectos que diferenciam os queijos Minas é o tempo de maturação, ou seja, o processo de armazenamento que confere características específicas de cor, consistência e sabor ao produto.