Teremos convicção sobre desaceleração da atividade no fim do ano, diz diretor do BC

O diretor afirmou que ainda é cedo para ter "convicção absoluta", reforçando que a política monetária precisa seguir restritiva por mais tempo The post Teremos convicção sobre desaceleração da atividade no fim do ano, diz diretor do BC appeared first on InfoMoney.

Mai 21, 2025 - 22:00
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Teremos convicção sobre desaceleração da atividade no fim do ano, diz diretor do BC

O Banco Central só deve ter uma “convicção absoluta” sobre a desaceleração da atividade econômica no Brasil no final deste ano, disse nesta quarta-feira o diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, reforçando que a política monetária precisa seguir restritiva por mais tempo.

Em evento organizado pela Fundação Getulio Vargas (FGV), David afirmou que o país cresce atualmente acima de seu potencial, mas a expectativa é que essa diferença vá caindo de forma paulatina, ainda que no momento atual os dados ainda sejam muito difusos.

David afirmou ainda que a ata da reunião deste mês do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada na semana passada, não ficou velha e está absolutamente válida, com incertezas que “continuam no ar”.

De acordo com o diretor, a ata deixou “bastante aberto” o que o BC fará na reunião de junho com a taxa básica Selic, hoje em 14,75% ao ano.

No mercado, uma das principais dúvidas é se o BC manterá a Selic neste nível em junho, finalizando o atual ciclo de altas, ou se ainda promoverá um aumento adicional de 0,25 ponto percentual.

O diretor do BC ponderou que, apesar da recente trégua tarifária entre Estados Unidos e China, a incerteza continua a despeito de os mercados terem se acalmado sensivelmente.

Ao mesmo tempo, afirmou que os membros do Copom estão “na mesma direção”, acrescentando que a política monetária precisa estar mais apertada do que estaria caso não houvesse desancoragem das expectativas de inflação.

No último relatório Focus, divulgado na segunda-feira, as medianas das previsões de inflação do mercado estavam em 5,50% para 2025 e 4,50% para 2026 — em ambos os casos bem acima do centro da meta perseguida pelo BC, de 3%. A margem de tolerância para a meta é de 1,5 ponto percentual.

Em sua apresentação, David afirmou que as projeções do Focus não parecem nem um pouco compatíveis com uma autoridade que persegue a meta de inflação, mas ele ressaltou que o tempo vai demonstrar que o BC “persegue, sim, a meta de inflação”.

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Redação - JI Redação do Jornal Interação da Cidade de Araxá - Minas Gerais.