Agro, consumo das famílias e mais: o que deve trazer PIB forte nesta 6ª

Rodolfo Margato, economista da XP, avalia que com atividade econômica aquecida fica mais difícil o Copom iniciar ciclo de corte de juros The post Agro, consumo das famílias e mais: o que deve trazer PIB forte nesta 6ª appeared first on InfoMoney.

Mai 28, 2025 - 14:00
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Agro, consumo das famílias e mais: o que deve trazer PIB forte nesta 6ª
Conteúdo XP

O PIB do primeiro trimestre de 2025 (1T25), a ser anunciado nesta sexta (30), deve mostrar um ritmo forte de crescimento. Para Rodolfo Margato, economista da XP, que participou do programa Morning Call da XP nesta quarta (28), há três motivos principais para o indicador que serve para medir a evolução econômica do país apresentar um número robusto.

“Tem uma contribuição fundamental da agropecuária, especialmente da safra recorde de soja – o PIB agropecuário deve crescer mais de 10% (no período) -, mas mesmo excluindo esse efeito do setor primário, a gente estima que o PIB cresceria algo em torno de 1%”, comentou, acrescentando tratar-se de um número ainda expressivo.

A maioria das linhas de serviços deve apresentar expansão, com a indústria um pouco mais fraca, especialmente a de transformação. “Mas chama a atenção ainda, para além da agropecuária, pelo lado da demanda, uma retomada do consumo das famílias e na formação bruta de capital fixo”, aponta ele sobre os dois outros motivos que devem impulsionar o resultado do PIB no primeiro trimestre do ano.

IOF

A XP estima 1,6% de alta do PIB no 1T25, na comparação com o quarto trimestre de 2024, e 3,1% de expansão ante o primeiro trimestre do ano passado. Para 2025, a casa prevê PIB de 2,3%.

“Os trimestres seguintes teremos impactos menores da agropecuária mas, por outro lado, algumas medidas recentes anunciadas pelo governo, como o consignado para o setor privado, liberação de recursos do FGTS, ampliação do programa Minha Casa Minha Vida, entre outros estímulos, devem manter a demanda interna aquecida”, avaliou.

O economista crê que com a atividade forte e aquecida, é mais difícil para o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciar ciclo de corte de juros. No entanto, o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pode fazer com que a taxa Selic fique no atual patamar de 14,75% até início de 2026, de acordo com Margato.

“O IOF representa uma elevação do custo de crédito das empresas”, disse. “Nas nossas contas, a elevação do IOF, conforme anunciado semana passada, seria equivalente de uma a duas altas na taxa Selic de 0,25 pontos percentuais (pp)”, explicou.

Câmbio

Para ele, já havia sinais de fim do ciclo de aperto monetário e o IOF acabou sendo mais um elemento importante. “A elevação do imposto (IOF) acaba representando um aperto das condições financeiras e de crédito para as empresas”, pontuou.

O economista da XP avaliou que para além do IOF, outros dois vetores parecem importantes para esse cenário de fim do ciclo de alta de juros.

“Primeiro, a acomodação do câmbio. Vimos por volta de R$ 5,65 já há algum tempo, na esteira do arrefecimento das tensões comerciais, ainda que apareçam incertezas no curto prazo”, afirmou.

“Além dessa questão do câmbio, é preciso destacar a inflação corrente. Chama a atenção o IPCA-15 de maio, que foi divulgado nesta terça (27) e trouxe sinais de alívio, não só o resultado em si, mas sua composição”, destacou.

Rodolfo Margato comentou ainda que a inflação corrente trouxe alguns sinais mais benignos, mas para 2026 o IPCA ainda deve ser alto. “Um dos fatores por trás desse cenário de cautela é a atividade econômica. A atividade continua sólida ou resiliente”, comentou.

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Redação - JI Redação do Jornal Interação da Cidade de Araxá - Minas Gerais.