DOM DALGUITO BORGES Por Olavinho Drummond

Mineiro de boa cepa, primogênito de uma tradicional família araxaense, José Dagualberto Borges, o “Dalguito”, sempre foi um artista de mão cheia. Autodidata, desde cedo se aventurou no mundo das formas e cores com rara ousadia e extremo brilhantismo.

Para muitos, Dalguito reina, merecidamente, como o “Picasso das Gerais”, tal o talento ao traduzir seus sentimentos na direção da arte moderna.

Cultura sempre foi o forte desse homem de fala mansa e coração ensolarado: escritor, pesquisador, enólogo, gourmet e dedicado colecionador, que teve na pintura avançada de traços exuberantes, os melhores momentos do seu potencial criativo.

Dalguito Borges cultivou seu ateliê em Serra Morena, pacato bairro nos flancos da charmosa estância turística de Araxá, onde cercado por árvores frondosas e pelo amor da mulher, Suely, pintava nove horas por dia ao som da sempre parceira música clássica.

Seu glamour e sua personalidade artística conquistaram a marca carinhosa e impactante de “Dalguito Borges”!

Enfim… do alto de muita tristeza, o “Mestre José Dagualberto Borges”... partiu...

O nosso “Dalgo, Dadau ou Dalguito” foi abraçar uma vida nova!

E de lá, ou por aqui, ele ou nós, jamais haveremos de esquecer que nesta passagem, seu amor firme e puro, forte e sincero, sempre haverá de imperar...!

“Dalguito Borges” – Amigo-Irmão! – Saudade eterna...